terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A VERDADEIRA VERDADE

Pouquíssimas pessoas estão sabendo o que acontece de verdade na crise da Orquestra Sinfônica de Goiânia, pois as informações, quando chegam aos ainda integrantes da Orquestra e do Coro e à comunidade goianiense, chegam de forma deformada.

Tudo se iniciou com a exoneração de duas colegas do Coro, sem nenhuma advertência, aviso ou justificativa. Os coralista ao saberem da notícia se sentiram além de indignados, amedrontados, imaginando que se cantoras excelentes e competentes como as colegas haviam sido demitidas sem justificativa, então qualquer um poderia também sem aviso algum ser mandado embora. Era de se esperar que no primeiro ensaio após essas duas exonerações os ânimos dos outros coralistas estivessem exaltados. Pois eis que neste ensaio "aparece" um documento vindo da Direção da Orquestra para todos assinarem. No dito documento não havia, é certo, qualquer novidade; ele se referia a horários de trabalho, a hierarquias dentro da Orquestra e Coro, além de explicitar que o Coro deveria atender primeiramente as exigências da Secretaria de Cultura em relação à repertório e somente depois, se dedicar ao próprio repertório. Até aqui nenhuma novidade, apesar de muitos não concordarem com a situação de privilegiar a Secretaria na escolha de repertório ao inves de executar um repertório que atendesse a sociedade artísticamente, mas isso não é o assunto desse tópico. 
Agora, voltando ao assunto, some-se os ânimos exaltados pela indignação de ver duas colegas serem exoneradas injustamente, à obrigatoriedade de assinar um documento totalmente sem propósito, qual seria a reação natural? Obviamente que seria o questionamento. E foi o que aconteceu. Os cantores amedrontados pela demissão das colegas e coagidos a assinar um documento cuja a finalidade não se conhecia, começaram a questionar os fatos. E ainda tem mais: uma das colegas exoneradas foi até o ensaio procurando explicações para sua exoneração e foi PROIBIDA DE ENTRAR, e também PROIBIDA DE FALAR pelo senhor Paulo Rowlands, maestro do Coro. Agora, uma pergunta: não é a Constiuição Brasileira que dá a liberdade a qualquer cidadão de ir e vir, bem como de expressar seus pensamentos?
Pois bem, vê-se até aqui que motivos para ânimos exaltados não faltaram, entretanto os coralistas permaneceram respeitosos e educados, questionando os por quês de tais atitudes. O senhor Paulo Rowlands todavia se exaltou a ponto de literalmente arrancar os próprios cabelos! Sentiu-se, sabe-se lá por quais motivos, acuado diante dos questionamentos do Coro, se colocou na defensiva e passou a atacar, extremamente alterado emocionalmente, dedo em riste, face avermelhada, olhos arregalados, enquanto os coralistas de forma geral tentavam entender o motivo de tão imensa reação, já que os questionamentos e falas dos coralistas eram todas tranquilas e pacíficas.
Tudo isso se passou no ensaio do dia 31 de outubro de 2011. Pois então, no dia 01 de novembro, havia uma carta para a Dona Tânia, Diretora da Orquestra, da parte do mesmo senhor Paulo Rowlands, maestro do Coro - note aqui a velocidade com que as coisas se processam. Nessa carta, o senhor Rowlands descreve o ensaio da noite anterior de maneira destorcida, amplificando cada  uma das situações, devido provavelmente a seu abalo emocional, de forma a transformar a situação num caso espetacular de agressão a sua pessoa. Ele cita os nomes de todos aqueles cantores que se manifestaram durante o fatídico "ensaio", apela ao Diretor Artístico da Orquestra, dizendo: "o que o senhor faria no meu lugar?", e depois sugere a exoneração de todos os citados. A Diretora da Orquestra, inconsequentemente, sem pensar duas vezes, exonera todos os citados na veloz carta, ao todo 7 cantores mais ainda o pianista do Coro.
No dia 3 de novembro (mais uma vez, note-se aqui a velocidade dos acontecimentos) os exonerados foram comunicados via telefone de suas exonerações, sem maiores explicações, sem maiores, justificativas, sem qualquer advertência. Depois disso, a Diretoria da Orquestra vem sitematicamente se negando a manifestar-se oficialmente em relação a tais demissões.
Na única comunicação que a Diretora teve com os exonerados a resposta para o motivo das exonerações foi apenas: "Isso foi só um castigo".
Ora, mais uma pergunta que não quer calar: não teria a direção de qualquer instituição privada ou pública, outros meios de 'castigar' seus funcionários - se realmente coubesse o castigo? Não deveria, uma direção responsável e capaz, antes de simplesmente mandar embora, ouvir a outra parte envolvida na querela?
Imaginem, senhores, a indignação de ex-funcionários ao ouvir que o motivo de sua demissão foi a vontade de a Diretoria aplicar-lhes um castigo. E o pior de tudo: Castigo por qual motivo??? Os cantores demitidos são funcionários responsáveis, capazes, competentes, portanto inaptidão não é a razão. Ah sim!!! Os demitidos estão sendo castigados por se manifestarem, por falarem, por expressar seus pensamentos. A diretora da Orquestra acredita, conforme ela mesma disse, que funcionários não teem o direito de se expressarem. Palavras de D. Tânia. E esse foi o motivo das exonerações: expressão de opinião. 

Foi assim que os cantores exonerados começaram a se mobilizar contra a ditadura do Senhor Paulo Rowlands e contra a irresponsabilidade da Diretoria da Orquestra, usando narizes de palhaços, pois é assim que se sentiam: tratados como palhaços!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário